quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A caixa importada

Sempre que vou à Lima Duarte, revejo velhos amigos. Com eles converso e coloco assuntos em dia, descubro coisas novas, principalmente as relacionadas à historia de Lima Duarte. Assim foi com Zezinho, morador da Rua Leão XII (Beco da Cooperativa), velho companheiro do Partido dos Trabalhadores, em que fui filiado e até candidato a vereador com votação medíocre. Zezinho, cujo nome é José Antonio da Silva, é filho de ferroviário e mais conhecido como Zezinho da Capoeira, sempre me conta novas estórias, tem sempre novas informações, já que está sempre pedalando pela terrinha. Por ele fiquei sabendo de uma caixa de água que teria vindo pelo trem para Lima Duarte, e o mais curioso, a tal caixa tinha escrito em uma de suas faces o nome Diocleciano Vasconcelos, nome oficial da estação que o povo batizou carinhosamente de Paradinha...Bem,o curioso é que essa inscrição tem pelo menos 37anos, já que o último trem saiu de Lima Duarte em 1972. Lá vamos nós em busca da tal caixa. Fotografei-a para que se registre os fatos. Estranha ter se conservado ao sol e chuva. A tal caixa, de cimento amianto, hoje obsoleta por conta da má fama de cancerígena, aposentou as velhas caixas de água de cimento que eram fundidas por aqui mesmo, muito pesadas e de difícil manuseio, e o mais curioso, sem emenda e emprego de ferragem.Ela testemunha a importância do trem como meio de transporte na epoca e pela inscrição, é peça de museu, pois é mercadoria transportada pelo trem, como atesta o destino de entrega, grafado em azul. É o passado, que insiste em vir à tona. Nesse mesmo dia fomos eu e Zezinho ver um muro de arrimo da EFCB na cachoeira do Barulho e a Ponte do Recanto Alegre. Posto fotos e conto depois.